Compositora e pianista, Júlia Tygel transita entre a música clássica e a popular, a poesia e a canção. É Doutora em Musicologia (USP) com estágio na City University of New York, Mestre em Etnomusicologia e Bacharel em Música/Composição, ambos pela UNICAMP. Foi bolsista FAPESP, CAPES e Fulbright, possuindo diversas publicações nacionais e internacionais e tendo apresentado resultados de suas pesquisas nos principais eventos científicos do Brasil na área de música. Júlia foi professora da Faculdade Souza Lima de 2014 a 2019, quando se afastou para assumir o cargo de Assessora Artística na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), retornando em 2024. Colabora com essa instituição, o Theatro Municipal e a Revista CONCERTO como autora de textos sobre música, tendo também editado a Revista Osesp 2021. Lecionou ainda na EaD da Universidade Federal de São Carlos e colaborou com projetos de formação junto aos povos indígenas Timbira (Maranhão e Tocantins), pela ONG Centro de Trabalho Indigenista, e jovens pertencentes a tradições afro-brasileiras em Cachoeira/Bahia, junto ao Laboratório de Etnomusicologia, Antropologia e Audiovisual do Recôncavo.
O disco de estreia de Júlia, “Entremeados”, foi pré-selecionado para o Prêmio da Música Brasileira e teve produção musical de Benjamim Taubkin, sendo realizado com patrocínio do Fundo Investimentos Culturais de Campinas, sua cidade de origem. No álbum, a pianista apresentou seus arranjos para violoncelo e piano para canções da MPB junto às violoncelistas Adriana Holtz e Vana Bock, tocando esse repertório em diversos teatros do Brasil e exterior – em Nova York, tocou com a violoncelista Jody Redhage, do grupo Chamber Music Society de Esperanza Spalding.
Em 2022, Júlia compôs e tocou com grupo camerístico a trilha para o filme “Cadê Heleny?”, de Esther Vital, premiado em diversos festivais de cinema em todo o mundo. No mesmo ano, lançou seu projeto “O Delírio do Verbo: Manoel de Barros em Canções”, junto a Tatiana Parra (voz) e Neymar Dias (viola caipira), com suas canções sobre poemas do autor. O repertório foi gravado em show on-line com financiamento do Programa de Ação Cultural (PROAC) do Estado de São Paulo, e o álbum do projeto está em finalização, com participações de Renato Braz, Tete Espíndola e Ari Colares.